sexta-feira, 10 de abril de 2009

Por que e porque hoje é sábado

Hoje é sábado, como já disse o poeta
Ou ele disse: porque hoje é sábado
Por que hoje é sábado?
Por que é, arbitrariamente, um sábado?
Pois hoje é sábado
Porque hoje é sábado
Dia igual aos demais
Ou
Diferente dos demais?
Depende
Mas é sábado
Dia de matar formiga, seu Carlos?
Dia de se matar, doutor Pedro?
Mas há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado
E eu que não me mato no sábado
Não velejo no sábado
Só viajo no sábado,
Viu, seu Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes?

Boa tarrdi, ouvintchish

Ouço a CBN por obrigação profissional e, na medida do possível, o possível da CBN, manter-me algo informado.
E chego atrasado ao trabalho à tarde porque não tenho nem rádio no carro e não consigo ir embora sem ouvir Mara Luquet.
Ela contraria os paradigmas de minha amiga Cida Stier: tem sotaque pronunciado demais; gagueja; como é comentarista sem texto pronto, demora a engatar o raciocínio; sofre com o tema abordado - mas não se entrega.
Mas... Mas depois conta tudo.
Mara Luquet é o que há no rádio brasileiro (e na internet, com o site
http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/mulheresendividadas/)
Mara Luquet tem uma voz inconfundível.
Mara Luquet tem um sotaque inesquecível.
Mara Luquet tem uma capacidade de exposição inatingível.
Mara Luquet tem o dom com o qual todo (principalmente toda) jornalista sonha.
Mara Luquet sabe contar uma história.
Mara Luquet sabe te convencer.
Mara Luquet tem informação.
Mara Luquet lê.
Mara Luquet analisa.
Mara Luquet interpreta.
Mara Luquet transmite.
Mara Luquet te dá a chance de escolher.
Não há voz nem jornalista desse ramo no Brasil melhor que Mara Luquet.
Quem é ela?
Não sei, mas já vi fotos no gugoul.
É claro que morrerei apaixonado.
Que viva cem anos a Mara Luquet.
Mara Luquet forévis.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sobre a anistia à brasileira

"Se a vítima não tiver direito sobre o carrasco, então não haverá justiça."
Da rapariga de óculos escuros.

José Saramago, p. 140 de Ensaio sobre a cegueira

Filho da puta

Manhã de quinta-feira, pouco mais de 8h30, na Inácio Lustosa, na altura do xópin Mueller.
Numa ambulância da Secretaria Municipal DA SAÚDE (placa AOS-1068), o motorista dá a a última tragada no cigarro (no cigarro, sim, pois poderia ser um baseado) e, mais porco ainda, joga a bituca pela janela.
Fumar em ambulância (mesmo sem alguém deitado ali atrás) é o que há, hem?
Barnabé tem que dar exemplo.
Não resta dúvida: trata-se de um grandessíssimo filho da puta esse chauffeur!