sábado, 14 de março de 2009

Vai, gordão

Rossi, meia que jogou no Santos e no Coritiba nos 70, era assumidamente gordo (baixinho e gordacho), até porque não dava para esconder a imensa, confortável, amiga barriga.
Era um craque.
Gerson, fumante a vida toda, economizava energias. Em vez de correr 40 metros, passava, no peito do colega, uma bola de 40 metros.
Lembro que Paraná, ponta de São Paulo, e Rivelino, esse mesmo, bebiam Cinar na TV.
Romário disse um dia: "Do jeito que anda o futebol brasileiro, jogo até os cinquenta."
Ronaldo, gorducho, pesado, fumante e bebente, dá de dez em todos que estão aí. Ele passarinho gordão, como um sabiá que anda ciscando no meu quintal - e voa.
Que assuma.
Joga muito.
Não se cobre dele a magreza dos tempos do Cruzeiro, a força atlética quando do PSV, do Barça, do Real etc., da Copa da Ásia.
Está velho, gordo, bebe e fuma. E daí?
Mas joga muito mais que os "craques" que aqui estão.
Que não se confunda o especialista com a mulher barbuda, o homem mais forte do mundo, o malabarista do circo. É atração, mas é gente - gordo, rico, feliz etc.
Ronaldo é matador.
Que cuide da pressão e das porcarias no sangue.
Que beba, fume e jogue.
Lembro-me do Gerson, do Rossi.
De um ex-gordo, que não joga nada direito, nem xadrez (o grande mestre internacional Jayme Sunyé Neto continua em forma, mata todos nós no tabuleiro e foi eleito presidente do Instituto de Engenharia do Paraná).
Ronaldo: o melhor gordo, fumante e bebum do mundo do futebol.
Fifa: crie essa categoria, a dos ex que jamais serão ex.
Suerte a ustedes.

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