O mundo (e a Itália) acorda melhor amanhã.
sábado, 12 de novembro de 2011
Brasiu!!!
É hoje (amanhã), negada.
Quem curte luta - e quem não gosta não me venha com arengas humanistas - vai ter de aturar o Galvão Bueno na tv aberta (eu não tenho o Canal Combate) e torcer para o Júnior Cigano, um catarina preparado pelo Minotauro, derrotar o Cain Velasquez pelos pesadões do UFC.
Cigano é craque no boxe, sabe de queda (pra cair e derrubar) e se defende no chão. Tem gás pra 25 minutos (5 rounds de 5 min). Se não for nocauteado pelo mexicano (nascido nos EUA, mas com alma latina), vai fazer uma boa luta.
Aqui até o cachorro vai ficar acordado.
Veja o previu.
Dá-lhe Cigano.
P.S.: Mas eu prefiro o vale-tudo do UFC antigo, quando o Royce mostrava o que é o jiu-jitsu, e o Pride (Japão), com Vanderlei Silva, Shogun e tal.
Quem curte luta - e quem não gosta não me venha com arengas humanistas - vai ter de aturar o Galvão Bueno na tv aberta (eu não tenho o Canal Combate) e torcer para o Júnior Cigano, um catarina preparado pelo Minotauro, derrotar o Cain Velasquez pelos pesadões do UFC.
Cigano é craque no boxe, sabe de queda (pra cair e derrubar) e se defende no chão. Tem gás pra 25 minutos (5 rounds de 5 min). Se não for nocauteado pelo mexicano (nascido nos EUA, mas com alma latina), vai fazer uma boa luta.
Aqui até o cachorro vai ficar acordado.
Veja o previu.
Dá-lhe Cigano.
P.S.: Mas eu prefiro o vale-tudo do UFC antigo, quando o Royce mostrava o que é o jiu-jitsu, e o Pride (Japão), com Vanderlei Silva, Shogun e tal.
Código de Hamurábi
141. Se a esposa de um homem, que vive em sua casa, desejar partir, mas incorrer em débito e tentar arruinar a casa deste homem, negligenciando-o, esta mulher deverá ser condenada. Se seu marido oferecer-lhe a liberdade, ela poderá partir, mas ele poderá nada lhe dar em troca. Se o marido não quiser dar a liberdade a esta mulher, esta deverá permanecer como criada na casa de seu marido.
142. Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai.
143. Se ela não for inocente, mas deixar seu marido e arruinar sua casa, negligenciando seu marido, esta mulher deverá ser jogada na água.
142. Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai.
143. Se ela não for inocente, mas deixar seu marido e arruinar sua casa, negligenciando seu marido, esta mulher deverá ser jogada na água.
O olhar de Capitu - 22.º capítulo de um romance ilegível
Mas há o mar. Ah, o mar. Água de sal e de soluços de saudades de luas e planetas sob os pés de múltiplos dedos e pegadas. Sal, saudade, abraços e tombos no sem-fim em busca dela. Buscadela. A cadela que se esvai e se apruma, toma o rumo do céu e do créu, onda que se apruma rumo ao prumo do enxerto da lava de quem lavra e se morre como se pra sempre fosse navegar.
Navego, nêgo, nego, cândida embarcação que se busca e se perde.
Náufrago, naufrago.
Navego, nêgo, nego, cândida embarcação que se busca e se perde.
Náufrago, naufrago.
Lendas do fracasso
Por Paul Krugman, retirado da Folha de hoje.
É assim que o euro termina -não com uma explosão, mas com bunga bunga. Não muito tempo atrás, os líderes europeus insistiam em que a Grécia podia continuar na zona do euro e pagar suas dívidas na íntegra. Agora, com a Itália caindo em um precipício, é difícil imaginar de que modo o euro poderia sobreviver.
Mas qual é o significado do fiasco do euro? Que lições extrair?
Ouço duas alegações, ambas falsas: os problemas da Europa refletem o fracasso dos Estados de bem-estar social como um todo, e a crise europeia confirma a necessidade de austeridade imediata nos EUA.
A primeira alegação está sendo feita por republicanos como Mitt Romney, que acusou Obama de se inspirar nos "socialistas democratas" europeus e disse que "a Europa não está funcionando nem na Europa". A ideia é que os países em crise enfrentam problemas devido ao peso dos gastos governamentais.
Mas os fatos dizem o oposto.
É verdade que toda a Europa oferece benefícios sociais mais generosos -entre os quais serviços universais de saúde- e registra gastos governamentais mais altos que os EUA. Mas os países hoje em crise não oferecem mais bem-estar social do que os que estão se saindo bem.
Na verdade, a correlação indica o oposto. A Suécia, famosa por benefícios generosos, tem ótimo desempenho e é um dos poucos países cujo PIB atual é maior que o de antes da turbulência. E o "gasto social" em todos os países hoje em crise era menor do que na Alemanha.
A crise do euro, portanto, nada diz sobre a sustentabilidade dos Estados de bem-estar social. Mas justifica a necessidade de apertar os cintos numa economia já deprimida? Dizem-nos que os EUA têm de cortar gastos agora ou poderemos terminar como a Grécia. Os fatos também contam história diferente.
Primeiro, o fator determinante para os juros não é a dívida do governo, mas sim se a captação é feita em moeda nacional ou não. O Japão tem dívida bem maior que a italiana, mas os juros sobre os títulos japoneses de longo prazo são de cerca de 1%, ante 6% na Itália. As perspectivas fiscais britânicas parecem piores que as espanholas, mas o Reino Unido pode captar pagando 2% de juros; a Espanha paga quase 6%.
Na prática, ao adotar o euro, Espanha e Itália se reduziram à situação de países do Terceiro Mundo que precisam tomar empréstimos na moeda alheia, com toda a perda de flexibilidade que isso implica.
Por não poderem imprimir mais dinheiro em situações de emergência, os países da zona do euro ficam sujeitos a perturbações em sua captação que não afligem países capazes de tomar empréstimos em suas próprias moedas, como os EUA.
A austeridade, por sua vez, fracassou em todo lugar no qual foi tentada. Nenhum país com dívidas significativas conseguiu cortar gastos a ponto de recuperar o apreço dos mercados. A Irlanda, por exemplo, é o bom menino da Europa: respondeu à crise com medidas ferozes, que levaram o desemprego a mais de 14%. Mas os juros pagos pelos títulos irlandeses ainda superam os 8% -mais altos que os italianos.
Moral da história: devemos ter cuidado com ideólogos que tentam aproveitar a crise europeia para promover suas agendas. Se ouvirmos o que eles dizem, agravaremos ainda mais os nossos problemas.
É assim que o euro termina -não com uma explosão, mas com bunga bunga. Não muito tempo atrás, os líderes europeus insistiam em que a Grécia podia continuar na zona do euro e pagar suas dívidas na íntegra. Agora, com a Itália caindo em um precipício, é difícil imaginar de que modo o euro poderia sobreviver.
Mas qual é o significado do fiasco do euro? Que lições extrair?
Ouço duas alegações, ambas falsas: os problemas da Europa refletem o fracasso dos Estados de bem-estar social como um todo, e a crise europeia confirma a necessidade de austeridade imediata nos EUA.
A primeira alegação está sendo feita por republicanos como Mitt Romney, que acusou Obama de se inspirar nos "socialistas democratas" europeus e disse que "a Europa não está funcionando nem na Europa". A ideia é que os países em crise enfrentam problemas devido ao peso dos gastos governamentais.
Mas os fatos dizem o oposto.
É verdade que toda a Europa oferece benefícios sociais mais generosos -entre os quais serviços universais de saúde- e registra gastos governamentais mais altos que os EUA. Mas os países hoje em crise não oferecem mais bem-estar social do que os que estão se saindo bem.
Na verdade, a correlação indica o oposto. A Suécia, famosa por benefícios generosos, tem ótimo desempenho e é um dos poucos países cujo PIB atual é maior que o de antes da turbulência. E o "gasto social" em todos os países hoje em crise era menor do que na Alemanha.
A crise do euro, portanto, nada diz sobre a sustentabilidade dos Estados de bem-estar social. Mas justifica a necessidade de apertar os cintos numa economia já deprimida? Dizem-nos que os EUA têm de cortar gastos agora ou poderemos terminar como a Grécia. Os fatos também contam história diferente.
Primeiro, o fator determinante para os juros não é a dívida do governo, mas sim se a captação é feita em moeda nacional ou não. O Japão tem dívida bem maior que a italiana, mas os juros sobre os títulos japoneses de longo prazo são de cerca de 1%, ante 6% na Itália. As perspectivas fiscais britânicas parecem piores que as espanholas, mas o Reino Unido pode captar pagando 2% de juros; a Espanha paga quase 6%.
Na prática, ao adotar o euro, Espanha e Itália se reduziram à situação de países do Terceiro Mundo que precisam tomar empréstimos na moeda alheia, com toda a perda de flexibilidade que isso implica.
Por não poderem imprimir mais dinheiro em situações de emergência, os países da zona do euro ficam sujeitos a perturbações em sua captação que não afligem países capazes de tomar empréstimos em suas próprias moedas, como os EUA.
A austeridade, por sua vez, fracassou em todo lugar no qual foi tentada. Nenhum país com dívidas significativas conseguiu cortar gastos a ponto de recuperar o apreço dos mercados. A Irlanda, por exemplo, é o bom menino da Europa: respondeu à crise com medidas ferozes, que levaram o desemprego a mais de 14%. Mas os juros pagos pelos títulos irlandeses ainda superam os 8% -mais altos que os italianos.
Moral da história: devemos ter cuidado com ideólogos que tentam aproveitar a crise europeia para promover suas agendas. Se ouvirmos o que eles dizem, agravaremos ainda mais os nossos problemas.
Assinar:
Postagens (Atom)