Jazz Lost and Found
“The Savory Collection” consists of 975 discs with recordings of live performances broadcast by radio stations in the late 1930s, the height of the swing era, and into 1940. Recorded by audio engineer William Savory, the discs feature Louis Armstrong, Benny Goodman, Count Basie, Billie Holiday, Fats Waller, Bunny Berigan and Lester Young, playing in the relaxed setting of a nightclub or ballroom, rather than the confines of a recording studio, where songs could not exceed three minutes in length. For that reason, and the quality of the music played, Loren Schoenberg, the executive director of the National Jazz Museum in Harlem, describes the Savory collection as “one of the greatest finds” in the history of jazz.
Tirada do New York Times
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Código de Hamurábi
49. Se alguém tomar dinheiro de um mercador, e der a este mercador um campo para ser trabalhado com cereais ou sésamo e ordenar a ele para plantar cereais ou sésamo no campo, e a colher os grãos. Se o cultivador plantar cereais ou sésamo no campo, a colheita deverá pertencer ao dono do campo e ele deve pagar os cereais como aluguel, pelo dinheiro que recebeu do mercador, e o que o cultivador ganhar, ele deve dar ao mercador.
50. Se ele der um campo cultivado de cereais ou sésamo, os grãos deverão pertencer ao dono do campo, que deve devolver o dinheiro ao mercador como aluguel.
51. Se ele não tiver dinheiro para pagar, então ele deve pagar em cereais ou sésamo ao invés de dinheiro como aluguel pelo que recebeu do mercador, de acordo com as tarifas reais.
52. Se o plantador não plantar cereais ou sésamo no campo, o contrato do devedor não terá atenuantes.
53. Se alguém for preguiçoso demais para manter sua barragem em condições adequadas, não fazendo a manutenção desta: caso a barragem se rompa e todos os campos forem alagados, então aquele que ocasionou tal problema deverá ser vendido por dinheiro, e o dinheiro deve substituir os cereais que ele prejudicou com seu desleixo.
54. Se ele não for capaz de substituir os cereais, então ele e suas posses deverão ser divididos entre os agricultores cujos grãos ele alagou.
55. Se alguém abrir seus canais para aguar seus grãos, mas for descuidado, e a água inundar o campo do vizinho, então ele deverá pagar ao vizinho os grãos que este perdeu.
56. Se alguém deixar entrar água, e a água alagar a plantação do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.
50. Se ele der um campo cultivado de cereais ou sésamo, os grãos deverão pertencer ao dono do campo, que deve devolver o dinheiro ao mercador como aluguel.
51. Se ele não tiver dinheiro para pagar, então ele deve pagar em cereais ou sésamo ao invés de dinheiro como aluguel pelo que recebeu do mercador, de acordo com as tarifas reais.
52. Se o plantador não plantar cereais ou sésamo no campo, o contrato do devedor não terá atenuantes.
53. Se alguém for preguiçoso demais para manter sua barragem em condições adequadas, não fazendo a manutenção desta: caso a barragem se rompa e todos os campos forem alagados, então aquele que ocasionou tal problema deverá ser vendido por dinheiro, e o dinheiro deve substituir os cereais que ele prejudicou com seu desleixo.
54. Se ele não for capaz de substituir os cereais, então ele e suas posses deverão ser divididos entre os agricultores cujos grãos ele alagou.
55. Se alguém abrir seus canais para aguar seus grãos, mas for descuidado, e a água inundar o campo do vizinho, então ele deverá pagar ao vizinho os grãos que este perdeu.
56. Se alguém deixar entrar água, e a água alagar a plantação do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.
domingo, 15 de agosto de 2010
Fernanda está certíssima. Por isso, vamos de Plínio
Fernanda Torres, na Folha de hoje
TENHO DIVERSOS amigos bem informados, com nível de escolaridade altíssimo, capacidade intelectual de dar inveja, mas totalmente discordantes quanto às próximas eleições.
Descartados os conceitos superficiais, como o de que Dilma não é simpática e Serra é mandão, e perdida entre opiniões que prezo imensamente, pedi que dois deles, o sr. F e a sra. N, me explicassem o porquê de seu horror a qualquer outra escolha que não seja a sua.
O sr. F sempre votou no PT e diz que Lula se saiu muito melhor do que ele mesmo esperava. Gerou mais empregos que FHC, aumentou o poder de compra dos necessitados, tirou mais brasileiros da miséria, reforçou as reservas cambiais e o crédito, diminuiu o risco Brasil, o valor do dólar, da taxa de juros e da inflação.
Tais conquistas confirmam, na visão do sr. F, a posição do PT como um partido mais à esquerda em relação ao PSDB, focado no fortalecimento do Estado como agente regulador do mercado em uma sociedade democrática, livre e em prol das minorias.
O sr. F afirma que Lula enfrentou uma oposição declarada da imprensa sem jamais censurá-la e considera as tentativas de regulamentação da mídia compatíveis com as existentes em outras sociedade avançadas.
Apesar do apoio de políticos como Collor e Renan Calheiros, o sr. F argumenta que Dilma tem ao seu lado um partido, o PMDB, com uma diversidade ideológica maior do que a direita convicta reinante no DEM, em parte do PMDB, no PTB e no PPS, aliados de José Serra.
Para ele, comparado com Roberto Jefferson, José Sarney mais parece Che Guevara. O sr. F reconhece o talento administrativo de Serra, mas rebate a ideia de que Dilma não tem experiência, já que foi secretária de Estado, ministra de Minas e Energia e da Casa Civil.
Já a sra. N está convencida de que Serra é o candidato mais preparado pelos cargos que já ocupou e ocupa, por sua passagem irretocável na área da saúde, pelo respeito que tem à democracia, dentro e fora do país, pela defesa da liberdade de imprensa, a aversão a patrulhas ideológicas e a crença na educação como capital humano de um país. Dilma, aos seus olhos, é um produto de marketing que jamais recebeu um voto.
Talvez a crítica mais contundente que a sra. N faça à gestão do PT seja o que chama de privatização das empresas públicas aos partidos políticos, e cita a má administração da Petrobras como exemplo. Para ela, o loteamento político das agências reguladoras do Estado brasileiro, numa prática onde os cargos são distribuídos seguindo o critério da barganha eleitoral, e não do conhecimento real da função a ser exercida, é o que de mais nocivo existe no governo atual.
A crise dos portos e a dos aeroportos seria a prova concreta da gravidade desse costume.
Ao contrário do sr. F, a sra. N acredita, sim, que existe um projeto de controle da liberdade de expressão no Brasil e que ele se agravará com a perpetuação do PT no governo.
São visões tão opostas, plausíveis e contundentes que, às vezes, aqui da minha posição extremo murista, me dá vontade de escolher no Uni, Duni, Tê.
Em dois pontos o sr. F e a sra. N concordam. O primeiro é que, apesar das bandeiras de Marina serem relevantes, sua ligação com uma igreja moralmente tão retrógrada e com um poder crescente no Brasil os afasta da vontade de apoiá-la; o segundo é que temos de acender uma vela forte e rezar pela saúde dos dois candidatos. Acabar na mão de qualquer um dos vices é uma perspectiva, no mínimo, apavorante.
TENHO DIVERSOS amigos bem informados, com nível de escolaridade altíssimo, capacidade intelectual de dar inveja, mas totalmente discordantes quanto às próximas eleições.
Descartados os conceitos superficiais, como o de que Dilma não é simpática e Serra é mandão, e perdida entre opiniões que prezo imensamente, pedi que dois deles, o sr. F e a sra. N, me explicassem o porquê de seu horror a qualquer outra escolha que não seja a sua.
O sr. F sempre votou no PT e diz que Lula se saiu muito melhor do que ele mesmo esperava. Gerou mais empregos que FHC, aumentou o poder de compra dos necessitados, tirou mais brasileiros da miséria, reforçou as reservas cambiais e o crédito, diminuiu o risco Brasil, o valor do dólar, da taxa de juros e da inflação.
Tais conquistas confirmam, na visão do sr. F, a posição do PT como um partido mais à esquerda em relação ao PSDB, focado no fortalecimento do Estado como agente regulador do mercado em uma sociedade democrática, livre e em prol das minorias.
O sr. F afirma que Lula enfrentou uma oposição declarada da imprensa sem jamais censurá-la e considera as tentativas de regulamentação da mídia compatíveis com as existentes em outras sociedade avançadas.
Apesar do apoio de políticos como Collor e Renan Calheiros, o sr. F argumenta que Dilma tem ao seu lado um partido, o PMDB, com uma diversidade ideológica maior do que a direita convicta reinante no DEM, em parte do PMDB, no PTB e no PPS, aliados de José Serra.
Para ele, comparado com Roberto Jefferson, José Sarney mais parece Che Guevara. O sr. F reconhece o talento administrativo de Serra, mas rebate a ideia de que Dilma não tem experiência, já que foi secretária de Estado, ministra de Minas e Energia e da Casa Civil.
Já a sra. N está convencida de que Serra é o candidato mais preparado pelos cargos que já ocupou e ocupa, por sua passagem irretocável na área da saúde, pelo respeito que tem à democracia, dentro e fora do país, pela defesa da liberdade de imprensa, a aversão a patrulhas ideológicas e a crença na educação como capital humano de um país. Dilma, aos seus olhos, é um produto de marketing que jamais recebeu um voto.
Talvez a crítica mais contundente que a sra. N faça à gestão do PT seja o que chama de privatização das empresas públicas aos partidos políticos, e cita a má administração da Petrobras como exemplo. Para ela, o loteamento político das agências reguladoras do Estado brasileiro, numa prática onde os cargos são distribuídos seguindo o critério da barganha eleitoral, e não do conhecimento real da função a ser exercida, é o que de mais nocivo existe no governo atual.
A crise dos portos e a dos aeroportos seria a prova concreta da gravidade desse costume.
Ao contrário do sr. F, a sra. N acredita, sim, que existe um projeto de controle da liberdade de expressão no Brasil e que ele se agravará com a perpetuação do PT no governo.
São visões tão opostas, plausíveis e contundentes que, às vezes, aqui da minha posição extremo murista, me dá vontade de escolher no Uni, Duni, Tê.
Em dois pontos o sr. F e a sra. N concordam. O primeiro é que, apesar das bandeiras de Marina serem relevantes, sua ligação com uma igreja moralmente tão retrógrada e com um poder crescente no Brasil os afasta da vontade de apoiá-la; o segundo é que temos de acender uma vela forte e rezar pela saúde dos dois candidatos. Acabar na mão de qualquer um dos vices é uma perspectiva, no mínimo, apavorante.
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