Do IDG Now!
A IBM vai juntar as capacidades de Deep Question Answering, Natural Language Processing e Machine Learning (resposta a questões, processamento natural de linguagem e aprendizagem pela máquina) do Watson com as do pacote Communications e Clinical Language Understanding (reconhecimento de voz e entendimento de linguagem clínica) com o objetivo de facilitar o diagnóstico e a oferta de planos de tratamento a pacientes que vão deixar os hospitais, médicos e acesso dos contribuintes a informações críticas. A novidade foi anunciada pela IBM como parte do acordo de licenciamento da tecnologia Watson à Nuance, para que desenvolva uma variedade de pacotes de software inteligentes para as comunidades de negócios e de cuidados de saúde.
As duas empresas esperam que as primeiras ofertas comerciais estejam disponíveis dentro de 18 a 24 meses,segundo a IBM.Outras instituições contribuirão para isso, como o Columbia University Medical Center e a Escola de medicina da Universidade de Maryland. Médicos de Columbia já ajudam a identificar questões críticas para a prática da medicina onde a tecnologia Watson possa ser capaz de intervir, e os médicos de Maryland, a melhor forma em que uma tecnologia como o Watson pode interagir com os médicos para fornecer o máximo de assistência.
A capacidade do Watson para analisar o significado e contexto da linguagem humana e rapidamente processar informações para encontrar respostas precisas, pode auxiliar nas tomadas de decisão de médicos e enfermeiros, identificar conhecimentos e informações enterrados em grandes volumes de informação e oferecer respostas que não podem ter considerado para ajudar a validar as suas próprias ideias ou hipóteses.
Segundo a IBM, “analisando o diagnóstico de um paciente um médico poderia utilizar a tecnologia de análise do Watson, em conjunto com a voz e as soluções de compreensão de linguagem clínica da Nuance, para rapidamente analisar todos os textos, materiais de referência, casos anteriores e os mais recentes conhecimentos em revistas e literatura médica para obter provas a partir de muitas mais fontes potenciais do que anteriormente seria possível. Isto pode ajudar os profissionais médicos a determinar com segurança o diagnóstico mais provável e opções de tratamento”.
Esta semana o Watson se transformou em celebridade mudial ao vencer uma temporada de três dias no “game show” Jeopardy!, ganhando um milhão de dólares que a IBM vai doar para caridade.
Os pesquisadores da IBM passaram quatro anos desenvolvendo o Watson. A máquina é capaz de processar 80 trilliões de operações (teraflops) por segundo. Tem cerca de 2.800 núcleos de processadores IBM Power7 e 16 terabytes de memória funcional. Na construção do Watson, a IBM usou tecnologia do MIT, University of Texas, University of Southern California, Rensselaer Polytechnic Institute, University at Albany, University of Trento, University of Massachusetts e Carnegie Mellon University.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
"Que as crianças cantem livres"
Tive a honra e a tristeza de, junto com Sérgio Silva, ter feito a derradeira entrevista de Taiguara. Foi no QI na TV, da hoje RIC, poucos meses antes da morte do artista.
Pasquale Cipro Neto, na Folha de hoje.
A antológica "Elegia na Morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes", de Vinicius de Moraes, começa assim: "A morte chegou pelo interurbano (...). Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente, não tinha pai. No escuro de minha casa em Los Angeles...".
O diplomata Vinicius de Moraes servia nos Estados Unidos quando seu pai morreu. Se você não conhece essa "Elegia", trate de conhecer. Basta entrar no belíssimo site de Vinicius e ler. E chorar. Chorar muito. Nas artes, Vinicius é um dos meus tantos "pais". Sinto-me "órfão" dele, assim como me sinto órfão de Drummond e de outros tantos.
Na música popular, também tenho os meus "pais", muitos dos quais os leitores conhecem bem. Mas um deles talvez eu tenha citado poucas vezes ao longo dos anos. Refiro-me a Taiguara, que morreu em 14 de fevereiro de 1996, ou seja, há quinze anos. Eu estava em Portugal e, como Vinicius, recebi a notícia fúnebre pelo telefone. Imediatamente me senti, mais uma vez, "órfão" de um poeta sensível e refinado.
Na hora, lembrei-me de uma conversa com um querido amigo dos tempos de colégio, o hoje jornalista Delamar da Cruz, sobre uma cena que presenciamos em nossa adolescência. Em plena Copa de 70, com a ditadura e a lavagem cerebral a mil, a multidão se reunia nas ruas, na praça da Sé ou em frente ao teatro Municipal, para ouvir os jogos. Já havia TV direta, mas não havia telões. Nas ruas, o negócio era mesmo o rádio. Enquanto o jogo não começava, música. E Taiguara, dizendo em sua antológica "Hoje": "Hoje / As minhas mãos enfraquecidas e vazias / Procuram nuas pelas luas, pelas ruas... / Na solidão das noites frias por você (...) Hoje / Homens de aço esperam da ciência / Eu desespero e abraço a tua ausência / Que é o que me resta vivo em minha sorte".
Imagine o contraste entre o frenesi do povo e o sentido da letra de Taiguara... O caro leitor notou como o poeta trabalha o par verbal "esperam/desespero"? Por favor, leia "desespéro" (é verbo). Notou que, em "eu desespero", Taiguara emprega o verbo com o sentido de "perder a esperança"? Na letra, esse verbo pode ser tomado como transitivo indireto, com objeto indireto subentendido ("eu desespero da ciência") ou simplesmente como intransitivo ("eu desespero", com o sentido seco de "perco a esperança").
Taiguara era nobreza pura. Em outra obra-prima, "Maria do Futuro", diz ele: "Nessa rede ela prendeu / Minha dor civil, minha solidão. / Nessa rede eu vi nascer minha liberdade (...) E em cadeias de amor puro / viver guardado / Joga areias do futuro no meu passado". Maravilha! Que beleza a aparente antítese "rede/liberdade"! Que bela noção de liberdade cria o jogo rede/cadeias/areias (do futuro no meu passado)! Bem, para muita gente não é tão fácil assim captar o que é a verdadeira liberdade, sobretudo quando ela vem por imagens poéticas...
Encerro esta lembrança de Taiguara com versos de uma de suas antológicas canções, cujo nome é o título desta coluna: "Vê como um fogo brando funde um ferro duro / Vê como o asfalto é teu jardim se você crê / Que há um sol nascente avermelhando o céu escuro / Chamando os homens pro seu tempo de viver / E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não pôde amar sem dor...".
Os muros a que se refere Taiguara são muitos, mas são sobretudo os metafóricos muros das barreiras que separam as trevas da luz, a mediocridade da criatividade, a teimosia da abertura mental e psíquica, separam a inércia do movimento para a frente, para o novo, para a revisão do velho conceito. Onde estiver, um beijo, caro Taiguara. É isso.
Pasquale Cipro Neto, na Folha de hoje.
A antológica "Elegia na Morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes", de Vinicius de Moraes, começa assim: "A morte chegou pelo interurbano (...). Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente, não tinha pai. No escuro de minha casa em Los Angeles...".
O diplomata Vinicius de Moraes servia nos Estados Unidos quando seu pai morreu. Se você não conhece essa "Elegia", trate de conhecer. Basta entrar no belíssimo site de Vinicius e ler. E chorar. Chorar muito. Nas artes, Vinicius é um dos meus tantos "pais". Sinto-me "órfão" dele, assim como me sinto órfão de Drummond e de outros tantos.
Na música popular, também tenho os meus "pais", muitos dos quais os leitores conhecem bem. Mas um deles talvez eu tenha citado poucas vezes ao longo dos anos. Refiro-me a Taiguara, que morreu em 14 de fevereiro de 1996, ou seja, há quinze anos. Eu estava em Portugal e, como Vinicius, recebi a notícia fúnebre pelo telefone. Imediatamente me senti, mais uma vez, "órfão" de um poeta sensível e refinado.
Na hora, lembrei-me de uma conversa com um querido amigo dos tempos de colégio, o hoje jornalista Delamar da Cruz, sobre uma cena que presenciamos em nossa adolescência. Em plena Copa de 70, com a ditadura e a lavagem cerebral a mil, a multidão se reunia nas ruas, na praça da Sé ou em frente ao teatro Municipal, para ouvir os jogos. Já havia TV direta, mas não havia telões. Nas ruas, o negócio era mesmo o rádio. Enquanto o jogo não começava, música. E Taiguara, dizendo em sua antológica "Hoje": "Hoje / As minhas mãos enfraquecidas e vazias / Procuram nuas pelas luas, pelas ruas... / Na solidão das noites frias por você (...) Hoje / Homens de aço esperam da ciência / Eu desespero e abraço a tua ausência / Que é o que me resta vivo em minha sorte".
Imagine o contraste entre o frenesi do povo e o sentido da letra de Taiguara... O caro leitor notou como o poeta trabalha o par verbal "esperam/desespero"? Por favor, leia "desespéro" (é verbo). Notou que, em "eu desespero", Taiguara emprega o verbo com o sentido de "perder a esperança"? Na letra, esse verbo pode ser tomado como transitivo indireto, com objeto indireto subentendido ("eu desespero da ciência") ou simplesmente como intransitivo ("eu desespero", com o sentido seco de "perco a esperança").
Taiguara era nobreza pura. Em outra obra-prima, "Maria do Futuro", diz ele: "Nessa rede ela prendeu / Minha dor civil, minha solidão. / Nessa rede eu vi nascer minha liberdade (...) E em cadeias de amor puro / viver guardado / Joga areias do futuro no meu passado". Maravilha! Que beleza a aparente antítese "rede/liberdade"! Que bela noção de liberdade cria o jogo rede/cadeias/areias (do futuro no meu passado)! Bem, para muita gente não é tão fácil assim captar o que é a verdadeira liberdade, sobretudo quando ela vem por imagens poéticas...
Encerro esta lembrança de Taiguara com versos de uma de suas antológicas canções, cujo nome é o título desta coluna: "Vê como um fogo brando funde um ferro duro / Vê como o asfalto é teu jardim se você crê / Que há um sol nascente avermelhando o céu escuro / Chamando os homens pro seu tempo de viver / E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não pôde amar sem dor...".
Os muros a que se refere Taiguara são muitos, mas são sobretudo os metafóricos muros das barreiras que separam as trevas da luz, a mediocridade da criatividade, a teimosia da abertura mental e psíquica, separam a inércia do movimento para a frente, para o novo, para a revisão do velho conceito. Onde estiver, um beijo, caro Taiguara. É isso.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A chama da esperança
Vilas-Bôas Corrêa
A onda de solidariedade que mobilizou amigos, parentes próximos e distantes com o acidente de segunda-feira, dia 7, às 11,30 que deixou em coma profunda o meu filho Marcos de Sá Corrêa, estimulou-me a batucar esta linhas, que não refletem apenas a mortificação dos pais e da família, mas o desabafo da amargura aquecida pela chama de esperança da primeira e ligeira esperança da avaliação da equipe de médicos, os mais competentes e famosos deste país e do mundo civilizado.
Marcos é o nosso filho mais velho, com 63 anos, um ano a mais do que o Marcelo. Ambos, desde a escola primária, empatavam como os primeiros da turma.
Tomariam rumo diferente na luta pela vida. Marcelo é um professor de matemática com quase um milhão de alunos.
E o texto brilhante de Marcos foi como um trator abrindo caminhos. Desde a revista Veja, convidado pelo amigo de sempre, o Elio Gaspari dos primeiros a chegar de São Paulo, com a mulher Dorrit Arrazim, e passar a tarde no Hospital São Vicente. Os amigos não têm faltado. O Xico Vargas e a mulher Carla Rodrigues, o Alfredo Ribeiro, o Kiko Brito, o Ancelmo Góis, o Flávio Pinheiro e a mulher, Vera; o Silvio Ferraz e uma legião de amigos.
Marcos continua em coma induzida, com os primeiros sinais de reação.
Marcos passou um ano em Sete Quedas, hospedado na chácara do Diretor. Caminhou léguas em todas as horas do dia, da noite e da madrugada na estrada palmilhada por onças. Era um andarilho incansável, capaz de emendar dia e noite nas caminhadas pela matas e caminhos de vários paises.
Estava decidido e fazer afinal o que realmente gosta. Leu uma biblioteca sobre os mistérios e segredos da natureza. Nunca o vi mais otimista, bem humorado e decidido a mudar de vida.
Nada explica racionalmente a fatalidade da sua queda na noite de segunda-feira, dia 7. Estudara e escrevera o dia inteiro. Às 11,30, depois de refeição ligeira, subiu a escada de madeira que liga a sala aos quartos. Daí em diante, o drama do inexplicável. Já nos últimos degraus não caiu, mas despencou e bateu com a cabeça no assoalho. À volta uma poça de sangue. E o Marcos em coma profunda, com grave risco de vida. Levado para o excelente Hospital Miguel Couto, recebeu os primeiros socorros.
Minha nora Ângela, que estava em Lecco, na Itália, onde nasceu, para cuidar de documentos, veio da Europa no primeiro avião, com o filho único, Rafael, que está fazendo um curso na França.
E assim um acidente inexplicável, mas que os médicos atribuem a um surto, pode mudar o curso de uma vida, quando as perspectivas eram as mais favoráveis. Marcos escrevia artigos semanais para O Globo, o Estado de S. Paulo, além de colaborar em várias revistas.
Poliglota, falando e lendo em cinco línguas – português, espanhol, francês, inglês e italiano - sua vasta biblioteca cobre as paredes dos dois andares da casa na Gávea.
A torcida da família que se espalha por vários países, além do Brasil é maior do que a de muitos times de futebol. E certamente muito mais fanática. E já tem razões para torcer. O rosto deformado pela queda, com cortes profundos já está quase normal.
Depois da semana da escuridão, com os mais sombrios prognósticos, afinal brilha a chama da esperança.
Mas, ainda resta uma longa caminhada. Não é apenas a vida ainda em risco. É toda uma e lenta recuperação. Para a qual toda a família e os amigos estão de prontidão para uma longa batalha com muitos desafios.
Seu filho Rafael que deixou na Alemanha a mulher grávida de 4 meses é o exemplo da família. E na solidão do seu quarto a Vovó Regina apela para os seus santos de fé e emenda rezas e rosários.
Tudo isto não pode deixar de dar certo.
www.vbcorrea.com.br
A onda de solidariedade que mobilizou amigos, parentes próximos e distantes com o acidente de segunda-feira, dia 7, às 11,30 que deixou em coma profunda o meu filho Marcos de Sá Corrêa, estimulou-me a batucar esta linhas, que não refletem apenas a mortificação dos pais e da família, mas o desabafo da amargura aquecida pela chama de esperança da primeira e ligeira esperança da avaliação da equipe de médicos, os mais competentes e famosos deste país e do mundo civilizado.
Marcos é o nosso filho mais velho, com 63 anos, um ano a mais do que o Marcelo. Ambos, desde a escola primária, empatavam como os primeiros da turma.
Tomariam rumo diferente na luta pela vida. Marcelo é um professor de matemática com quase um milhão de alunos.
E o texto brilhante de Marcos foi como um trator abrindo caminhos. Desde a revista Veja, convidado pelo amigo de sempre, o Elio Gaspari dos primeiros a chegar de São Paulo, com a mulher Dorrit Arrazim, e passar a tarde no Hospital São Vicente. Os amigos não têm faltado. O Xico Vargas e a mulher Carla Rodrigues, o Alfredo Ribeiro, o Kiko Brito, o Ancelmo Góis, o Flávio Pinheiro e a mulher, Vera; o Silvio Ferraz e uma legião de amigos.
Marcos continua em coma induzida, com os primeiros sinais de reação.
Marcos passou um ano em Sete Quedas, hospedado na chácara do Diretor. Caminhou léguas em todas as horas do dia, da noite e da madrugada na estrada palmilhada por onças. Era um andarilho incansável, capaz de emendar dia e noite nas caminhadas pela matas e caminhos de vários paises.
Estava decidido e fazer afinal o que realmente gosta. Leu uma biblioteca sobre os mistérios e segredos da natureza. Nunca o vi mais otimista, bem humorado e decidido a mudar de vida.
Nada explica racionalmente a fatalidade da sua queda na noite de segunda-feira, dia 7. Estudara e escrevera o dia inteiro. Às 11,30, depois de refeição ligeira, subiu a escada de madeira que liga a sala aos quartos. Daí em diante, o drama do inexplicável. Já nos últimos degraus não caiu, mas despencou e bateu com a cabeça no assoalho. À volta uma poça de sangue. E o Marcos em coma profunda, com grave risco de vida. Levado para o excelente Hospital Miguel Couto, recebeu os primeiros socorros.
Minha nora Ângela, que estava em Lecco, na Itália, onde nasceu, para cuidar de documentos, veio da Europa no primeiro avião, com o filho único, Rafael, que está fazendo um curso na França.
E assim um acidente inexplicável, mas que os médicos atribuem a um surto, pode mudar o curso de uma vida, quando as perspectivas eram as mais favoráveis. Marcos escrevia artigos semanais para O Globo, o Estado de S. Paulo, além de colaborar em várias revistas.
Poliglota, falando e lendo em cinco línguas – português, espanhol, francês, inglês e italiano - sua vasta biblioteca cobre as paredes dos dois andares da casa na Gávea.
A torcida da família que se espalha por vários países, além do Brasil é maior do que a de muitos times de futebol. E certamente muito mais fanática. E já tem razões para torcer. O rosto deformado pela queda, com cortes profundos já está quase normal.
Depois da semana da escuridão, com os mais sombrios prognósticos, afinal brilha a chama da esperança.
Mas, ainda resta uma longa caminhada. Não é apenas a vida ainda em risco. É toda uma e lenta recuperação. Para a qual toda a família e os amigos estão de prontidão para uma longa batalha com muitos desafios.
Seu filho Rafael que deixou na Alemanha a mulher grávida de 4 meses é o exemplo da família. E na solidão do seu quarto a Vovó Regina apela para os seus santos de fé e emenda rezas e rosários.
Tudo isto não pode deixar de dar certo.
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Bebezão
O Brasil é um bebê gigante, do qual ninguém consegue trocar as fraudes.
Nelson Capucho, no Londrix.
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