Divagando & Katilografando
Ninguém vai me pegar! – Com certeza, e eu até torci para isso seu Ribamar! Os seus atos secretos foram tão secretos que nem mesmo o “Esquilo Secreto” seria capaz de revelar. Os seus atos secretamente e redobradamente secretos jamais poderão ser descobertos. - Ufa! Que bom, Né? Sabe seu Ribamar? Eu até gostei que o senhor não tivesse sido punido por esses “atozinhos” secretos. – Calma gente! Muita calma nessa hora. Não fiquem aí pensando que eu compactuo com essas falcatruas, que nem foram tanto assim, elas (as “falcatruas”) estão pesando mesmo é no moral desses e daqueles “cães raivosos” que ladram enquanto a caravana passa; eles em verdade, não querem atingir o “nosso bravo” Senador, querem, outrossim, atingir o “Companheiro” e suas pretensões reeletivas; a sua candidata em 2010 e indispensável apoio do partido do “Senador” para as mesmas eleições; detonar de vez as aspirações de regulamentações do pré-sal antes das eleições vindouras. E é sobre isso que não compactuo mesmo!
Como pode um cidadão que pensa e tem capacidade de processar as informações que recebe crucificar um cidadão que sempre viveu, a despeito da sua vontade, liminarmente voltado aos interesses do povo que o elegeu? – Como pode, hein? Isso tudo deve ser inveja daqueles que jamais tiveram tanto despojamento... Não pensem que eu estou brincando! Como eu não brinco, devo me explicar da maneira mais simples possível.
É de se saber que o senado brasileiro teve a sua instituição no império (1826 – 1889) e depois, com o advento da proclamação da república (1889) a instituição permanece até os dias atuais. Queira me desculpar pela monotonia introduzida nesta parte do texto; mas, não foi por acaso, foi proposital. Então, um senado que existe há quase duzentos anos; será que foi só na gestão do Ribamar enquanto presidente que os atos secretos aconteceram e afloraram? – Ou melhor, afloraram sim! Modificarei a pergunta: será que foi só na presidência do seu Ribamar que os atos secretos aconteceram? – Com certeza, não! Os atos secretos são corriqueiros e institucionais, fazem parte da rotina da Instituição.
Nessa história toda o que conta mesmo são os interesses escusos de alguns segmentos políticos, econômicos e sociais. O PIG, – Rede Globo e seu conglomerado, Folha de São Paulo, Veja, Carta Capital e outros tablóidezinhos – os opositores do governo Lula viram no presidente do senado o seu “muro de arrimo e resistência”, dessa forma, resolveram minar o governo e sua candidata a sucessão e principalmente desestabilizar e desacreditar o Lula e seu partido PT da maneira mais indiretamente com viés de direta possível.
Patypatí, patypatei...! Jamais me entregarei! - É isso aí, “Seo” Ney! Se os outros fizeram tantos atos “top secret”, por que será que só ao senhor vão querer enquadrar? Dentro desse mesmo senado até assassinato a sangue frio já aconteceu, e o senhor foi testemunha; e o que vem serem uns atinhos secretinhos que a qualquer momento podem ser desfeitos, não é verdade? O chato “Seo” Ney, é que eles, como um “pum” no elevador saem secretamente, depois, tomam forma; um não denuncia o seu autor e também não pode ser desfeito (o pum), o outro fica a cara do seu dono e pode ser desfeito; não é verdade? Mas, ainda assim eu continuo achando bom que o senhor não tenha sido defenestrado de tão importante cargo no Congresso Nacional. Calma gente, novamente, peço calma gente! Eu não compactuo com nada disso, mas, nesses casos eu fico meio que torcedor daquele que está sozinho na jaula entregue a própria sorte (questão de justiça) e acabo tomando as dores. Já pensou se o “Seo” Ney sai, quem nós iríamos colocar lá? Questão de ordem pragmática; o novo ocupante que viesse ocupar a presidência do senado nós não saberíamos quais os defeitos ocultos dele (Código de Defesa do Consumidor); as virtudes vêm estampadas em letras garrafais com visível intenção de ludibriar o incauto consumidor. Lembra-se do impoluto senador Jefferson Peres? – Pois é; depois de sua morte alguma coisa mais ou menos podre e fétida apareceu para nos dizer que ele não era aquela coisa maravilhosa que sempre nos fez acreditar ser (o homem deixou uma pequena fortuna em Passagens Aéreas R$ 178 mil de espólio a sua viúva); o falecido Antonio Carlos Magalhães, para não ser cassado, renunciou ao senado com o dedo em riste do Jefferson Peres apontado para ele, fazendo-se o paladino da justiça, da ética e da moral.
Desculpe-me pela divagada acima, acabei saindo do estilo que iniciei esta crônica. Eu como todo brasileiro adoro ficar do lado mais fraco, – quando comecei a torcer pelo Fluminense ele não era o melhor time do Rio, não, e continua sendo! – gosto de torcer pelo ladrão nos filmes; aliás, tem um filme de 1973 estrelado por Ryan O’neal, Jacqueline Bisset e Warrem Oates “O ladrão que veio para jantar” que é o precursor e inspirador desse meu estranho sentimento. Na vida real teve um assaltante e sequestrador por nome Leonardo Pareja que eu torci para ele, embora soubesse que seria vã a minha torcida, (*26/05/1974 +09/12/1996) morreu! Patypatá, senhor Ribamar! Espero que o senhor depois desse meu “indispensável e precioso” apoio nos honre, - na contra mão dos interesses do seu escudeiro Lula - arrebanhando votos para um rotundo não às pretensões de implantação da tal CSS (antiga CPMF), afinal, como parte integrante da sua torcida “organizada”, eu fiquei de cá, no meu canto mudinho da silva (eu sou um Silva), não escrevi uma única linha que fosse depreciativa ou repeti como a “Maria vai com as outras” as “infâmias” que lhes eram dirigidas.
Não preciso, mas, ainda assim, quero deixar claro que só torço pelos ladrões nos filmes e nas boas tramas; todavia, procuro em análise profunda descobrir por que é que ainda, em mim persiste esse meu desejo de ter torcido por aquele assaltante que a polícia acabou prendendo, e seus colegas de prisão matando-o por inveja e ciúmes em uma prisão no estado de Goiás. Talvez, para justificar essa defesa e simpatia ao Pareja, a explicação tenha sido dada pelos seus próprios colegas de prisão, quando devem ter detectado nele (presumo) uma forte tendência oculta de vir a ser um “grande na vida pública e na política brasileira”. Patypatama...! Essa pode ser considerada uma boa trama!
Patypatí, patypatei, “Seo” Ney! Não quero aderir aos que acham que o petróleo não é mais nosso, a eles jamais me entregarei! Esse tal pré-sal no “arriba mar” “Seo” Ney, nunca é cedo demais para definirmos essas regras que nacionalizem definitivamente e irrefutem a nossa soberania sobre o que está no nosso subsolo e em nossas águas territoriais marinhas; fui claro senhor Ribamar? Está de acordo “Seo” Ney? Patypatí, patypaté! Não esmoreça, insista, resista e persista; e no Brasil, salvem-se quem puder, não é seu José?
Crônica enviada à Sua Excelência Senador José Sarney – sarney@senador.senado.gov.br
Francisco Silva Filho – Curitiba-PR
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