sábado, 9 de janeiro de 2010

Hebe Camargo forévis

Cresci jogando bola, apanhando na rua, lendo os livros da biblioteca juvenil da Biblioteca Pública do Paraná e assistindo à TV (um fantástico aparelho Semp PB), que permitiu-me curtir a boa música brasileira pelos festivais - da Excelsior, Record, Globo (por esta o velho e finado Festival Internacional da Canção, de Sabiá e Pra não dizer que não falei de (ou foi das?) flores).
Minha velha e boa mãe já conhecia Hebe Camargo canora (cantora, animal!). Conheci-a apresentadora de TV e, num festival da Record, cantora (canora).
Foi vaiada feito um bicho.
Dias depois, em seu dela programa, foi aplaudida de pé. É que a música era ruim mesmo, e a Hebe era a Hebe.
Ela é um patrimônio nacional - mesmo para mim, que não assisto (mais) ao seu programa.
Vejo/leio que foi operada para retirar um tumor do esôfago, estômago, sei lá com cincunflexo.
Vai escapar.
Hebe tem 80 anos de vida.
Você, que nasceu em meados dos 50 do século anterior, não tem a impressão, sensação, certeza de que Hebe, como os deuses, sempre existiu, sempre esteve, sempre está e sempre estará acima da finitude da vida?
Sei lá: para mim, desde que me entendo por gente, de qualquer jeito sempre tenho Hebe por perto, mesmo que não a procure.
Você, coroa, não acha que Hebe Camargo sempre existiu e, portanto, é imortal?
Meu amor Sonia acrescenta Silvio Santos, Chico Anísio e Dercy (morreu?). E o Pelé?
Tudo passa. Menos Hebe Camargo.
Queira você, telespectador;queira você, marxista, Hebe sempre existiu e sempre existirá.
Ela é anterior, contemporânea e posterior a você.
Não há você, não há Brasil sem Hebe Camargo.
Hebe forévis.

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