Mendonça, Dante - o mais novo cidadão honorário de Curitiba. Catarina de Nova Trento. Conheci sua casa e sua belíssima mamãe.
Pretendi escrever aqui sobre ele, mas antes li o Adherbal e agora o Zé Maria Correia.
Faço minhas - por preguiça, timidez e falta de talento - as palavras do Zé.
Viva o Dante. E viva a Maí, que, dizia o Karam, por doce maldade, era a verdadeira autora dos textos do cidadão curitibano.
Fala, Zé, o delegado poeta (e karateka, OSS!):
Ave Dante o mago dos sete instrumentos e das sete artes . Ave mestre da Banda Polaca, memorialista das portas emparedadas dos grandes bares e das alcovas desaparecidas . Dono da pena , da tinta e dos sentimentos maiores entre todos os soluços menores , testemunha dos porres imemoriais , dos romances eternos e dos casamentos desfeitos . Poeta da noite e dos cantos, distraido e fiel pai de familia nunca traido e não ainda admirado como deveria. Nós os curitibanos sempre invejosos das terras solares dos catarinas onde brotam e vicejam abundantes e bundosas loiras Veras Fischers não as daqui tão autênticas nas cores como os táxis argentinos cabeças amareladas e pentelhos negros como nossas manhãs e tardes , reunidos em solene casmurrice te saudamos com a imperceptível amizade eterna das criaturas soturnas que somos .
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