Por Zé Beto
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Mais perdidos do que cego em tiroteio estamos. Não, não é a seleção brasileira, essa que prometia e até agora só jogou pedras enquanto os gringos estão jogando uma bola redonda e linda. Hoje é o último dia das convenções dos partidos aqui, acolá, alhures, e não é preciso nem colocar a lupa que mandaram para aquele malaio aumentar o bilau para se sentir não só no meio do tiroteio, mas também como o cachorro que caiu da mudança no meio do trajeto. Hoje se fala em bacanal, orgia na suruba de alianças dos partidos, mas isso faz lembrar a piada do português que entrou numa coisa dessas e lá pelas tantas mandou parar porque não tinha comido ninguém, só tomado na tarraqueta várias vezes e boquetado não outras tantas. Pois, antes, durante e depois de processo patético quem sifu somos nós eleitores, esses mesmos que olham esses nobres falarem com aquela cara de entendidos, do que tudo é necessário para que a democracia se mantenha firme e forte, que assistem propaganda do Tribunal Superior Eleitoral fazendo a convocação para o momento importante da escolha dos futuros chefes do Executivo e os representantes no Legislativo, enfim, olhamos e tudo parece uma longa e interminável piada sem graça, onde só quem conta é quem ri. Não, não vamos citar nomes nem partidos porque, na verdade, todos estão socados num balaio só, o da promiscuidade escancarada, onde o vale-tudo para se chegar ao poder absolve qualquer ato, sendo este normalmente o de enfiar a mão na merda, como registrou muito bem Otto Lara Resende em uma de suas muitas frases reveladoras. Mas observem atentamente os candidatos – daqui, de lá e acolá. Depois olhem também no entorno. Respondam para si mesmos: há esperança? É preciso ter, mas está ficando cada vez mais difícil. Jogue-se toda essa cambada numa peneira e quantos vão sobrar como seres normais, ou seja, honestos, que dignificam a política que deveria ser tão nobre, pois tão importante é?
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