Depois de Merval Pereira, autor dos artigos assinados pelo já finado patrão Roberto Marinho e hoje presidente da Academia Brasileira de Letras, chegou a vez de mais um global tomar o mesmo rumo.
O comando das Organizações Globo anunciou ontem (terça-feira) a saída de Ali Kamel da Direção de Jornalismo da TV Globo e sua promoção a um conselho editorial, com direito a dar palpite em todas as mídias do Império.
Kamel notabilizou-se por suas cartas de despedida (demissão pública) a colegas que, orgulhosamente, demitiu por questão ideológica, idade avançada ou corte de custos. Essas missivas, tornadas públicas, eram cornucópías de elogios ao caráter e à competência dos jornalistas saídos da casa. Coisa de um cinismo sem par.
Esas cartas constituem o catatau de puxassaquismo do patrão que deverão levar Ali, o camelo dos patrões, a ocupar uma cadeira na ABL. Se o Merval está lá sem ter escrito um livro, Kamel pelo menos tem o seu: a obra máxima "Não somos racistas".
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