sábado, 14 de junho de 2025
Nosso Congresso, como sempre, desgoverna o país. Ladrões do teu dinheiro
Celso Rocha de Barros, na Folha SP.
Ou por que ainda se pode ler a Folha SP.
O Congresso Nacional ameaça obrigar Haddad a
fazer o ajuste fiscal no lombo dos pobres se o STF não autorizar que
congressistas roubem dinheiro da saúde pública.
No fim de semana passado, todos tivemos a impressão de que o governo
Lula e o Congresso tinham chegado a um bom acordo sobre como fazer o ajuste
fiscal sem aquela confusão do IOF.
No meio da semana, tudo mudou: o Congresso avisou que não vai passar
nada que seja do interesse do governo. O que aconteceu?
As propostas do governo continuaram as
mesmas: ao invés de mexer tanto no IOF, taxar um pouco investimentos que não
eram taxados em nada; e rever benefícios fiscais bilionários para empresas que
muito raramente são obrigadas a oferecer qualquer contrapartida. Um bom
dinheiro seria economizado, e o maior sacrifício viria de gente que está bem de
vida, como eu, que sempre investi em LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio,
que agora pagarão 5% de imposto).
O Congresso já havia topado tudo isso, mais ou menos. Só que aí pegaram
a rapaziada roubando dinheiro de remédio.
Três ONGs especializadas em combate à corrupção —Associação Contas
Abertas, Transparência Brasil e Transparência Internacional Brasil— avisaram o
STF que congressistas brasileiros podem estar usando suas emendas parlamentares
para roubar bilhões de reais em um "orçamento secreto da saúde".
No último 10 de junho, o ministro Flávio Dino enviou um pedido de esclarecimentos ao
Congresso.
O Congresso interpretou a solicitação de Dino como uma ação orquestrada
com o governo Lula para intimidar os parlamentares. Por isso Hugo Mota e vários
partidos de direita mudaram de opinião sobre o pacote de Haddad.
Não, não é porque estão preocupados com o aumento da carga tributária:
um dos motivos dos seus impostos serem altos, leitor, é o calote que a lei
permite aos ricos. Se eles não pagam a parte deles na vaquinha, aumenta a parte
de quem paga. O governo pode até ser obrigado a cortar grana dos pobres (acho
que será), mas isso deveria ser a última opção.
Bolsonaristas como Nikolas Ferreira e Carlos Jordy correram para fazer
parecer que a briga com Haddad era sobre déficit público. Desde o fracasso do
último golpe, e enquanto esperam o próximo, os bolsonaristas no Congresso fazem
bico como seguranças do Centrão.
A propósito, tenho sérias dúvidas se a ação de Dino foi mesmo coordenada
com Lula.
Em primeiro lugar, porque as denúncias das ONGs são muito sérias, e o
papel de Dino, neste caso, era mesmo pedir esclarecimentos. Afinal, a
Constituição claramente estabelece que não pode ir no hospital roubar dinheiro,
é errado isso, não pode, nem o Ives Gandra, que às vezes inventa uns negócios
sobre Constituição, acha que pode.
Em segundo lugar, porque duvido que o governo Lula, a essa altura do
campeonato, esteja querendo comprar briga com o Congresso. Se em algum momento
de seu terceiro mandato o presidente teve a esperança de que conseguiria
restaurar o poder da presidência sobre o orçamento, já deve ter desistido.
Teve orçamento secreto, teve bolsonarismo protegendo o Centrão, teve STF
tentando manter alguma ordem, teve rico sem pagar imposto e pobre sem remédio.
Foi uma semana em que o noticiário valeu por um curso de política brasileira
contemporânea.
sábado, 24 de maio de 2025
Mais uma vez, agora e sempre, o cinema brasileiro deve um abraço terno e eternamente grato a Mário Peixoto
https://www.youtube.com/watch?v=FFaRzIHpJno
terça-feira, 13 de maio de 2025
Para onde vai e para onde deveria ir o jornalismo para não desaparecer
Uma nova missão para um tempo radicalmente novo
Por Rodrigo Mesquita
Artigo publicadooriginalmente em 12 de maio na Folha SP e no portal articulaconfins.com
O jornalismo nasceu como um sistema de mediação. Foi,
durante décadas, a principal arena pública da cidade. No Brasil, Júlio Mesquita
cunhou uma frase que precisa ser resgatada: “Jamais ousei imaginar que tinha o
direito ou o dever de formar a opinião pública. Tudo que fiz foi procurar
sondá-la e me deixar levar tranquilo e sossegado pelas correntes que me
pareciam mais acertadas.”
Essa ideia – a de que o jornal é ponto de encontro,
não púlpito – está mais viva do que nunca. Mas o jornalismo precisa reencarnar
essa missão na arquitetura digital da sociedade contemporânea.
É hora de investir em plataformas temáticas dinâmicas,
baseadas em curadoria, escuta pública, agregação de saberes e construção de
redes de confiança. O jornalismo deve parar de disputar centavos por mil
impressões com o Google e o Facebook e começar a oferecer serviços
informacionais estruturantes para as comunidades.
Isso exige novas ferramentas, novas mentalidades,
novas alianças. Jornalistas devem tornar-se arquitetos de sistemas de informação
comunitária, mediadores de processos de escuta e articulação — atuando dentro
das redes, e não apenas sobre elas.
A narrativa é a mensagem
Vivemos uma revolução profunda. A segmentação, a
interatividade, a personalização e o poder de computação levaram a uma nova era
informacional, onde a narrativa – e não mais a notícia – é o elemento
estruturante da percepção pública. Quem controla as narrativas controla a
memória, a imaginação e, por consequência, a política.
Nesse mundo, a arquitetura da informação é política
pública. E o jornalismo que quiser continuar existindo como força civilizatória
precisa disputar essa arquitetura. Isso significa abandonar o papel de emissor
e assumir o papel de organizador das redes sociais de sentido e ação.
O rejuvenescimento da economia analógica depende da
vitalidade da economia digital. E o rejuvenescimento do jornalismo depende de
reencontrar seu papel como mediador qualificado das inteligências públicas.
Do púlpito à praça digital
O jornalismo precisa ir além do entendimento técnico
das tecnologias publicitárias e das plataformas. Precisa enfrentá-las,
hackeá-las e superá-las. Não com códigos, mas com visão. Com estratégia. Com
serviços que respondam à necessidade de articulação social em um mundo
hiperconectado.
Não existem dois mundos – analógico e digital. Existe
um só tecido social em transformação, e ele precisa de novas infraestruturas
públicas de informação.
A imprensa só voltará a ser relevante quando voltar a
ser parceira da sociedade. A narrativa é a mensagem. E a mensagem agora é:
precisamos reinventar o jornalismo.
Rodrigo Mesquita
Jornalista, conselheiro do InovaUSP e pesquisador do ecossistema informacional. Ex-diretor do Jornal da Tarde e da Agência Estado.
sábado, 3 de maio de 2025
quinta-feira, 1 de maio de 2025
sexta-feira, 25 de abril de 2025
A IA faz suas apostas na eleição do próximo Papa
quarta-feira, 23 de abril de 2025
terça-feira, 15 de abril de 2025
segunda-feira, 31 de março de 2025
Morre em São Luís o professor aposentado da UFPR Pulquério Bittencourt, o Teacher para os amigos de boteco
É com pesar que a Universidade Federal do Paraná comunica o falecimento do professor aposentado Pulquério Figueiredo Bittencourt, na manhã deste dia 31 de março. O professor faleceu aos 75 anos, em São Luís do Maranhão, sua cidade natal, onde viveu os últimos anos após aposentadoria.
O professor Pulquério atuou como docente no Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná por mais de 43 anos, de 1979 a 2022. Foi coordenador do curso de Ciências Econômicas e lecionou as disciplinas de Economia Política e Economia Agrícola. Também teve importante participação na construção da APUFPR como Sindicado, tendo sido 1º Tesoureiro entre 1989 e 1991 e Tesoureiro Geral entre 1991 e 1993.
Conhecido como Teacher fora da UFPR, ele tinha doutorado pela Sorbonne, da França. Como professor de Economia Política, ensinou marxismo e quem foi seu aluno teve que ler O Capital e dele produzir um trabalho escrito.
O professor Pulquério deixou a todos os familiares, amigos e colegas um legado de ética, justiça, solidariedade, amizade e amor ao próximo.
O Departamento de Economia e o Setor de Ciências Sociais Aplicadas, juntamente com toda a comunidade da Universidade Federal do Paraná, lamentam o seu falecimento e expressam suas condolências aos amigos e familiares do professor.
Enquanto viveu em Curitiba, Teacher cuidou de fazer e manter muitas amizades fora do círculo acadêmico. Frequentou a Cantina Portuguesa, no Juvevê, mais conhecida como Bar da Zilda. Ali era conhecido como Teacher e poquíssimos sabiam que seu nome de batismo era Pulquério, que vem do latim Pulcherius, que é derivado de pulcher, 'belo'.
(matéria produzida com base em publicação do site da UFPR e na memória do redator, sem ajuda da IA)
terça-feira, 25 de março de 2025
segunda-feira, 24 de março de 2025
sábado, 22 de março de 2025
Para nunca esquecer a poesia. A de José Régio, por exemplo
Cântico Negro
“Vem por aqui” — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos…
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: “vem por aqui!”?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí…
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?…
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos…
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios…
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…
Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
quarta-feira, 19 de março de 2025
Perdeu o puto do respeito, xiru?
Essa conversa de Tarzan sem Chita é o mesmo que o Paraguai sem contrabando.
sábado, 15 de março de 2025
Viatura da PM capota em evento de marketing privado de automobilismo que para a cidade
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Do site da Tribuna do Paraná
https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/viatura-da-pm-a-caminho-de-evento-de-automobilismo-capota-em-curitiba/
quinta-feira, 13 de março de 2025
A American Airlines ofende atriz Ingrid Guimarães e vai pagar caro pela mancada
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https://mundodomarketing.com.br/como-a-american-airlines-transformou-um-erro-tecnico-em-crise-de-imagem
(foto Pipoca Moderna)
domingo, 2 de março de 2025
Fernanda Torres vive Vera Sílvia, uma brasileira gigante
https://www.youtube.com/watch?v=3FqB35BLt8I
Cole no seu nevegador
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Judeus reagem à viagem de jornalistas brasileiros a Israel, com passagem e despesas pagas por ONG fajuta
https://www.instagram.com/p/DGESTzdPo7T/?img_index=2
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