Lembrei-me, a respeito do texto sobre Lula, do brasileiro - eu, tu, eles e elas.
Fui cantor de coral do glorioso Colégio Estadual do Paraná e do coral da não menos fantástica UFPR (um dia escrevo sobre ser cantor regido por Isaac Karabtchevsky. Nunca consegui terminar este hino sem verter lágrimas de esguicho - salve, Nelson - (não escreverei lágrimas nos olhos, seu leitor, pois lágrimas saem sempre dos olhos, assim como só há sorriso no rosto etc.)
Vi e ouvi nossos valentes pracinhas cantando esta canção e sempre desabei. Cantei com eles.
Emociono-me não pela nossa participação numa guerra, que não nos salvou de nada. Mas pela valentia ou covarida deles e pela beleza da poesia e da canção.
Tem a ver com nóis, brasileiros.
A canção, cantada, você acha no Gugou.
Letra: Guilherme de Almeida
Música: Spartaco Rossi
Você sabe de onde eu venho ?
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais.
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringais,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios,
Da minha terra natal.
Por mais terra que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá.
Sem que leve por divisa
Este "V" que simboliza
A vitória que virá.
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão.
Venho da minha Maria,
Cujo nome principia
Na palma da minha mão.
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida,
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terra que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá.
Sem que leve por divisa
Este "V" que simboliza
A vitória que virá.
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Você sabe de onde eu venho?
É de uma Pátria que eu tenho.
No bôjo do meu violão,
Que de viver em meu peito,
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreiro,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacarandá,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terra que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá.
Sem que leve por divisa
Este "V" que simboliza
A vitória que virá.
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Venho do além deste monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu,
Do rancho que tinha ao lado,
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo.
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Por mais terra que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá.
Sem que leve por divisa
Este "V" que simboliza
A vitória que virá.
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
A Glória do meu Brasil.
Meu Brasil.
Oh, meu Brasil.
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