sábado, 27 de fevereiro de 2010

Lula, Zapata e nóis

A direita cobra e a esquerda se cala: Lula foi a Cuba e nada disse sobre a morte, por inanição, do dissidente Zapata (um pobre pedreiro e faz-tudo da região onde vivia, mas fundamentalmente um homem, e do contra - que ótimo para uma democracia). Que nome, hem?
Tudo bem. Lula nada disse e nada poderia ter dito, em público, pois estava em visita a um país amigo. Imagine Raúl, acá, dar palpite sobre os 300 mil presos não políticos que criam mofo em nossas cadeias.
Mas Lula voltou e continua calado.
Lula é um babaca, nossa política internacional relativa aos DH é medrosa.
Está certo os EUA, que aprisiona 450 mil negros em suas cadeias e prende gente por nada?
Quer cagar regra ao mundo apesar de Guantánamo, mata civis mundo afora, tem espiões até debaixo da saia da tia judia de Israel e quer nos ensinar...
Fizeram sua revolução, antes da francesa, e tal, tudo bem. Mas...
Vamos ao Brasil.
Nossa política internacional, no plano dos direitos humanos, é uma merda.
Tem gente morrendo nas prisões do Irã e nas de Cuba, só pra dizer dois casos, e o Brasil se cala.
Aqui o governo paga pensão por tudo e por nada, basta ter sido contra a ditadura.
Tudo bem.
Mas é obrigação de todo país democrata agir democraticamente, sempre, condenando países que reprimem, oprimem, suprimem direitos.
Lula não poderia ditar regras aos manos Castro, visitando-os. Geisel visitava Stroessner, Videla...
Mas nas instâncias internacionais pode e deve, sim.
O Brasil pode e deve, sim, encher o saco de seus irmãos que não respeitam os DH, inda que o Brasil lute para os fazer respeitar internamente.
Temos deveres democráticos a cumprir.
Lição um: limpar as delegacias de polícia e mandar aos presídos os condenados;
Dois: limpar os presídios e mandar pra casa os que cumpriram pena;
Três: condenar às galés apenas os perigosos à sociedade, pois aquilo é o inferno;
Quatro: adotar a pena civil - tipo multa -, pois esta, sim, ferra quem age contra a sociedade;
Cinco: proteger a sociedade, garantindo segurança a quem paga impostos e abre mão da autodefesa; algo assim Suiça, pelo menos.
Ou liberemos a PM para que elimine nossos inimigos.
Ponto.
Mais tarde escreverei aqui sobre meu Estado,noves fora Rousseau: o homem não presta e ponto final.

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