Você nunca perdeu a cabeça e só a encontrou no dia seguinte, pensando: que cagada?
Você nunca deu um metafórico carrinho por trás, e, pior, nunca meteu um pisão na amada, no filho, na mãe?
Pisão metafórico, claro.
Todos os dias a gente perde a cabeça e quer dar um pisão no vizinho chato, no barbeiro do trânsito, no chefe insensível (que nos dá um pisão por dia), na mulher e até na mãe.
Ou não?
Mas a gente recolhe a adrenalina do pisão e engole em seco e toca a vida.
Há quem, em situações limite, não suporte a pressão e acabe dando o tal pisão.
Pelo fracasso pessoal, pela raiva do próximo ou até por dar mesmo, descarregar.
No chão da garagem, nas plantinhas, no tapete do banheiro, no colega, na mulher ou no marido, no filho que acabou de chegar tarde.
A gente dá pisão todo dia, ou não dá?
Mas numa Copa do Mundo?
Na qual só se pisa na bola?
É humano.
Mas aí é pisada na bola
E na perna
De quem não tem nada a ver com isso
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