quinta-feira, 18 de junho de 2009

Eu sou jonalista!!!

Eu sou sucesso!!! Se eu escrevo e você também Ezequiel, se o Paulo Ludovico escreve como também escreve Paulo Pires – e como escreve! – se todos nós escrevemos e publicamos os nossos escritos e eles são lidos, aplaudidos como também contestados, nós somos sucesso! Portanto, somos também jornalistas! Este é o exercício da lógica!
Anime-se João Melo! O diploma caiu, e o sol lhe sorriu, afinal, o sol sorri para todos, mas, nem todos estão aptos a perceber esse lindo e dourado sorriso do “Manezinho”! Sorria, sorria amigos da clandestinidade! Sorria sim, afinal, prá que diploma? Prá quê tantas baboseiras teóricas nos bancos da faculdade? Prá quê? Prá quê então termos que nos preocupar em estudar se, enquanto estudamos os “práticos” estão nas redações se tornando mestres no ofício? Prá quê?
Anime-se senhor (...)... É o senhor mesmo! O senhor que adora ser chamado jornalista e incentiva que todos o conheçam por tal! Agora você é jornalista! Mas, por favor! Escreva! Escreva alguma coisa e publique-a, dessa forma se consagrará! Eu até, de agora em diante passarei a chamar-lhe de jornalista! Ora, ora! Se não é o fim da picada; agora, aqueles que antes se submetiam a longas horas de estudo de análise sintática, morfológica, de ênclise e próclise, de conjugação verbal, de concordância nominal e verbo-nominal e depois de formados escreviam contrariando todas essas regras, agora estão livres para continuarem escrevendo errado! Vai ver que foi por essa causa que os “sábios” Ministros do STF resolveram dar “cabo” no diploma de jornalismo; vai ver que foi, ora se não foi!
Afinal, as chamativas e espalhafatosas manchetes todas vinham carregadas de injunções e erros primários da nossa ortografia; agora, mais do que nunca, estará liberado! Sorria, afinal, quando se ia para escola aprender e depois jogar na lata do lixo o que aprendeu para escrever errado carregando um diploma debaixo do braço ou pendurado na parede e o peito cheio de orgulho dizendo-se jornalista, agora não precisa mais! E a vida dos “Ombusdmans”? Será que os jornais continuarão precisando deles? Aliás, o Ombusdman da Folha de São Paulo deve me detestar; não foram poucas as reclamações que eu enviei à redação daquele Jornal reclamando dos “erros” em manchetes e até mesmo dentro da própria matéria veiculada; não suportando mais tanta indiferença deles, é que me decidi romper com a minha assinatura ainda em curso de dois anos. Sinceramente, não me faz qualquer falta!
Há alguns meses atrás, um amigo e colega (na área do direito), o Dr. Jorge Eduardo França Mosquéra que é formado de verdade em jornalismo pela UFPR, e também é formado em direito e advoga, ele me antecipou o resultado do julgamento de ontem; disse-me com toda convicção que o diploma em jornalismo cairia, o homem sabe das coisas! Sobre o assunto de se escrever as manchetes com “erros temporais” e de concordância, me adiantou o amigo Jorge Mosquéra que o jornalismo brasileiro seguia o Padrão Americano de Jornalismo, onde, eles desconhecem as formas verbais, de concordância e temporais; tais como exemplo desse erro primário lê-se uma notícia: SELEÇÃO BRASILEIRA SE APRESENTA NA QUARTA PARA TREINOS LEVES E JOGA NA QUINTA. Quando leio uma manchete dessa natureza eu fico arrepiado; o Anderson com o seu Blog já deve estar cheio até a “tampa” com as minhas interferências; aliás, por falar em Anderson, meu amigo, você também é jornalista! Agora, tá (gostou do “tá”?) liberado, pois, não poderá mais ser cobrado por escrever “errado” (no meu entender!), pois, agora, sabemos que por trás, nas redações tem gente que não precisa saber dessas coisas, pois, o importante é se comunicar, não importando a qualidade dessa comunicação!
Sabe duma coisa, turma do direito? E nessa eu me incluo! Vamos colocar a nossa barba de molho! Afinal, já andaram querendo derrubar o famigerado Exame de Ordem da OAB, e nesse eu passei com todos os méritos; vai lá que consigam derrubar, aí, o próximo passo será extinguir a obrigatoriedade do diploma de bacharel em direito. Já pensou? De uma coisa estou certo: a grana que eu gastei de quando iniciei o meu curso (faculdade particular) até aqui para ter a minha carteira da OAB, dá quase para comprar um Ômega “zero bala” lá na TOPVEL! Ah, eles que não me inventem uma cafajestada dessas... Bom, o meu diploma e a minha habilitação frente a OAB eles não tiram mais; e tem mais, se tentarem, eles verão com quantas “ações” eles terão que me devolver tudo, tudinho mesmo, Tintim por Tintim do quanto gastei material, emocional e moralmente!
Por falar em “ação”, quero neste ensejo, concitar os colegas Doutores Paulo Ludovico aí em Conquista e Jorge Eduardo França Mosquéra aqui em Curitiba a procurarem os atuais acadêmicos em jornalismo, para que eles ingressem na justiça pedindo “danos materiais”, haja vista, o que despenderam em gastos com faculdades particulares de jornalismo e até mesmo o tempo perdido em um curso que não tem mais qualquer finalidade. Quanto aos empresários do ensino particular, paciência! Afinal, o leite que se derramou nessa manobra não vai lhes causar tanto prejuízo assim, todavia, se quiserem “brigar” também, apresento-lhes os colegas Paulo Ludovico e o Jorge Mosquéra. Ah, amigos, Dr. Paulo Ludovico e Dr. Jorge Mosquéra, não se esqueçam de me retribuir! Não, não é me chamando de doutor, mas sim, arranjando também patrocínio para mim!
Viu como agora também sou jornalista? Procurem e também achará neste texto um monte de “injunções” e colocações inadequadas; pode ser que você pense que não achou, tudo bem! Na próxima eu me esforçarei para parecer mais com um jornalista; e até lá!
Francisco Silva Filho – Curitiba-PR

Um comentário:

  1. Francisco,

    O seu texto é belíssimo, crítico e divertido!

    Valeu pela chamada do Jorge.

    [ ]´s

    Singh

    ResponderExcluir