Gustavo Salvadori
A última rodada do Campeonato Brasileiro mais emocionante de sua história ainda pode reservar uma despedida melancólica para o Coritiba, no ano do seu Centenário. Infelizmente não podemos dizer que é uma surpresa, pois esse sinuoso caminho estava sendo percorrido desde o início do ano, com a perda do estadual para o Atlético.
A derrota previsível para o Cruzeiro deixa à mostra toda a falta de empenho que esse elenco demonstrou ao longo da competição, principalmente nos confrontos fora de casa. A incompetência da diretoria alviverde não é de hoje. São anos de más administrações que culminam no desespero da torcida, a única realmente prejudicada com o descenso. A maioria dos jogadores não vai ficar para o ano que vem, portanto não há identificação com a camisa.
Quando falavam que para o Fluminense escapar precisaria de um milagre, estamos às vésperas de sermos o santo milagreiro. Seremos quem irá tornar possível a saga vitoriosa de um time virtualmente rebaixado, mas que vem suando a camisa como nunca e merece permanecer na elite de nosso futebol.
O Coritiba precisa apenas fazer sua parte para que o santo se chame Botafogo. Basta ganharmos no próximo domingo para não precisarmos torcer pra ninguém, embora toda a nação coxa-branca seja Palmeiras desde criancinha.
Marcelinho Paraíba e a torcida levaram o time no colo o ano todo. Agora, mais do que nunca, precisamos dessa dupla para ter um fim de ano ao menos digno.
Vamos lotar o Couto Pereira e gritar bastante. Na segunda, saberemos quem é quem nesse Brasileirão.
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