sábado, 5 de dezembro de 2009

Meu Santos

Hoje o Santos joga. Só joga. Não cai nem sobe.
O Santos não é o Santos.
Quem joga no Santos não joga no Santos.
Lembra do filme "Campo dos sonhos"?
Eu basicamente ouvi o Santos, nas ondas do rádio.
E depois vi o Santos.
Sabe como o Santos se apresentava à torcida?
Vi e nunca mais me esqueci.
O time, todo de branco, cheio daqueles negrões geniais, curvava-se, feito músicos de uma orquestra sinfônica.
Eu vi.
O Santos era uma sinfônica.
O Santos jogando era uma sinfonia.
Gilmar, Carlos Alberto, Dalmo, Calvet, Ramos Delgado, Lima, Rildo, Clodoaldo, Mengálvio (quem se chama Mengálvio neste mundo de meu Deus?), Zito, Dorval, Pelé (Ele, um a mais), Coutinho, Pepe e por aí vai. Lembrei agora do Pagão, ídolo do Chico Buarque.
O Santos era a Filarmônica de Berlim.
Saudade do Santos.
Só isso.
Saudade.

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