Tanscrevo aqui uma mensagem enviada por meu sobrinho, que mora no Brasil e nasceu numa aldeia no Acre enquanto meu irmão e cunhada trabalhavam lá.
Quem puder e quiser passar adiante essa informação, faça. É uma das formas de chamar a atenção para um movimento consciente de descredibilização dos povos indígenas e suas lutas pela demarcação de seus territórios e de questionar o posicionamento parcial e preconceituoso de uma parte da mídia.
Abraços, Irene Zwetsch, da Suíça.
Íntegra da mensagem:
“Amigos,
Como já devem ter visto, nas últimas semanas a mídia local e nacional iniciou uma campanha de difamação financiada pelo agro-negócio e um punhado de corporações para difamar coletivos indígenas e quilombolas e descredibilizar o processo pelo qual estas populações têm seus territórios demarcados.
As matérias e crônicas publicadas em jornais de grande circulação assim como as colocações em tele-jornais e nas rádios, são em tudo grosseiras, trabalham para desenvolver uma forma sofisticada de promoção do etnocídio, falam de complôs entre antropólogos e ongs em favor de índios manipulados, contra "brasileiros que querem produzir". Trabalham para que onde quer que estas populações consigam manter e recuperar seus espaços vitais, passem a ser descriminadas e hostilizadas pela população em geral.
Diante deste contexto alarmante nos juntamos, um grupo de pesquisadores estudantes do Laboratório de Arqueologia e Etnologia (LAE-UFRGS) e do Núcleo de Antropologia das Sociedades Indígenas e Tradicionais (NIT-UFRGS), para dar forma a um blog - http://povosindigenasrs.wordpress.com/ - no qual pretendemos divulgar textos que analisem e desmascarem este vergonhoso esquema de difusão de ódio racial em funcionamento nos meios midiáticos convencionais. Nossa intenção é publicizar através deste artigos, notas e declarações que busquem denunciar as inverdades desta campanha anti-indígena e anti-quilombola, esperando assim, através do conhecimento mitigar algumas de suas possíveis consequências.
Pedimos que nos auxiliem na divulgação deste meio.
Desde já obrigado,
Binô Zwetsch”
Nenhum comentário:
Postar um comentário