sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O olhar de Capitu - 21.º capítulo de um romance inexpugnável

E ela, mas ela? Disse-me, disse-nos, há nós, há nós, nós e o plural de nó, há nozes, há nós, nós, nós vários, vozes e vocês, há voz, há vós, avós. Chega, pare, paro. Nada mais digo nem direi nem farei, fariseu, farisei, farei. Há nossos antepassados, repassados dignos de nota, notas musicais. Há dós, rés e mis. E sóis. E o sol que rutila nauseabundantemente sobre nossas janelas e cinzeiros e altaneiros arrebóis. E a ressaca do mar e dos olhos sem fim de Capitu. E ela, e ela? Diamantes aos porcos, donde se conclui que, que, que, gaguejadamente se fazem abluções sobre letras e litros de palavras, lavras de pensatas. Pasta dental, flanelas, prateleiras, panelas altaneiras, lojas de amebas sensatas, silvos de tratados de sábios e nefelibatas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário