Não me lembro de onde tirei.
O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, lamentou nesta sexta-feira (18) a morte do escritor português José Saramago. Ligado às causas sociais, o escritor foi um dos responsáveis pela construção da Escola Nacional Florestan Fernandes, uma das idealizações do MST.
Localizada na cidade de Guararema, interior de São Paulo, a escola só foi construída em 2005, diante de um trabalho conjunto feito entre Saramago, o fotógrafo Sebastião Salgado e o compositor Chico Buarque de Holanda.
A parceria entre os três resultou no livro "Terra", lançado em 1997. A obra retratou o cotidiano do movimento sem terra no Brasil por meio das fotos em preto e branco de Salgado, unidas aos textos de José Saramago e à música de Chico Buarque.
O projeto foi o grande suporte para que MST pudesse construir a escola, que atende a militantes do movimento. O terreno onde está localizada a escola foi comprado com o auxílio do projeto. Nesta sexta-feira, Stedile afirmou que o movimento se sentiu "honrado" em contar com o apoio do escritor português.
"O MST teve o privilégio e a honra de ter seu envolvimento militante, quando ele somou-se ao projeto de Sebastião Salgado e Chico Buarque e nos ajudou a difundir a exposição 'Terra'. Graças aos livros e fotos dos três, pudemos iniciar a construção de nossa escola nacional. Seremos sempre gratos a sua solidariedade", disse.
Stedile ainda afirmou que a " literatura universal e a portuguesa, em especial, perdem seu patrono maior". "Pessoalmente, sinto-me extremamente lisonjeado por ter podido conhecê-lo. Saramago deixou um legado enorme para a literatura e para a militância comprometida com as causas justas. Por isso, será eterno."
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