sábado, 29 de maio de 2010

Código de Hamurábi

Aos que leem os "artigos":
Não há, de minha parte, juro, concordância com o que comanda o tal ordenamento.
Publico só por ele ser desconhecido, embora ache que o código penal chinês devesse ser aplicado a quem rouba o dinheiro público.
Publico o Código de Hamurábi. Para provocar.
Sou da turma dos DH, mas, concordo, às vezes dá coceira na consciência, no passado do berço, da família, da educação.
Eu fui furtado três vezes: tive meus três - um depois do outro, claro; nunca tive três ao mesmo tempo - carros arrombados.
Do último, levaram tudo, menos o próprio, felizmente.
Cada vez mais me convenço: Russeau, vá pra puta que o pariu.
Cada vez mais me convenço: sou hobesiano.
Somos maus, nascemos maus e maus seremos se a sociedade não nos segurar a onda.
Somos os piores mamíferos da natureza, pois a comemos sem dó e nela vomitamos por todos os nossos buracos de corpo, sem cuidado, jogamos sujeira, matamos e comemos sem dó seus demais filhos, f%$#$@+&¨%.
Cagamos (literalmente) para o planeta que nos recebeu.
Nós não valemos nada.
Uma superbomba que acabasse com os humanos salvaria a Terra.
Mas, pra terminar: nada pessoal contra quem me rouba.
Estão no seu ofício.
Culpa nossa, minha, sua, de quem não deu a essa gente, que deixou de ser gente, uma coisinha chamada oportunidade, traduzida em educação - leia-se também disciplina e respeito -, conhecimento, livros, muitos livros - e felicidade, mesmo que um pouquinho dela.
Quem me ferrou deixou-me mais pobre do que já sou, puto da vida e infeliz. Mas isso passa.
A infelicidade deles, apesar da graninha da revenda, do crack, das putas, depois, talvez, da festa na prisão, é pra sempre.
Na verdade, pensando bem, acho que essa infelicidade é minha também. É nossa porque é deles.
Pensando bem, não passa.
Eita mundo, né, seu Rosseau?
Que mundo, né, seu Hobbes?
Hein, seu Marx?
Que tal, tovarich Lenin?
Não sei, não sei.

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